Quem não quer produzir.
Uma viajem às Ermidas do Sado, não vi as festas tradicionais desta terra, vi-as há uns anos atrás. Os enfeites são espectaculares, dá gosto esta tradição. As festas na Aldeia da Azinheira dos Barros também foi muito bem conseguida, as pessoas eram muitas, juntaram-se os que por cá estão e também outras que vieram matar saudades.
O barro ou (slão) ou seja um tipo de barro muito mais fechado e puríssimo, à que atacá-lo de peito aberto, foi o que eu fiz durante os últimos cinco anos, foi de rachar até doer muito. Mas é assim mesmo, é uma batalha pelo tempo a dentro. Moldar lentamente e com obstinação, as árvores pequenas e algumas grandes fazem parte do concerto, um concerto a violino ou pianinho a cravo.
As minhas mãos, outrora macias e suaves são agora cravadas de calos, e daí? é trabalho é conquista, é vencer sem dobrar, carregar carregar, para tudo melhorar, é como um jogo de futebol, dar tudo, dizem eles e é verdade.
O meu tesouro guardado e com água por tubos e não só, são as minhas ainda imberbes Oliveirinhas, as quais anseiam por se mostrar agarradinhas ao chão, muitas já produzem, e quem não quer produzir?.
Eduardo Moreira
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